quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Viver em Luanda

Salut!

Embora seja a capital de um país a cidade deLuanda não é um lugar fácil de estar. Luanda combina história, contemporaneidade, simplicidade, riqueza, pobreza, ostenação, caos e grandiosidade. É uma cidade a descobrir.

Ao andar por suas confusas ruas percebemos que se trata de uma cidade em construção, um canteiro de obras gigante com grandes sonhos e aspirações de se tornar mais do que umacidade moderna. Quer ser uma metrópole, digna de ser chamada capital. Quer condizer com a riqueza que se abriga no subsolo de sua nação. Quer ser mais do que é. Quer evoluir para impressionar os que a visitam. Quer espalhar a imagem que seus governantes vendem. Quer alcançar os céus e ser babel como tantas outras já o são.

Mas viver em costrução não é fácil, pelo contrário, é incómodo e cansativo. A beleza de seus painéis iluminados durante a noite é conseguida às custas de desvios tortuantes nos passeios de seus prédios modernos e recém-construídos. As fachadas espelhadas não escondemas camadas sem fim de areia que acumula nas vis lotadas de carros grandes demais para o tamanho da cidade.

Sim, Luande é grande, mas só em vontades e anseios, ainda não cresceu o suficiente para a ânsia de seus habitantes. O pouco espaço de circulação motorizada é constante motivo de lamento, bem como a falta de espaço de parqueamento. Muito carro e muito poucas vagas, prova de que o consumismo atinge qualquer lugar onde a tecnologia se apresente. Muito carro, mas poucos coletivos, poucos coletivos e de muito pouca qualidade.

A cidade quer crescer mas ainda não sabe como, não conhece os passos que levam uma pequena capital de ex-colónia a uma ser uma metrópole nacional, arranha-céus apenas elevam a cidade, fazendo fugir do chão os problemas cotidianos e os levam para o cimo das edificações, puro crescimento físico vertical. Crescer em altitute, embora requeira certo nível de inteligência e boa quantia monetária não é grande mérito, há de se crescer em outros sentidos para conseguir real reconhecimento. Há de se crescer.

Por ora é só.
A tout a l'heure!

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